domingo, 7 de julho de 2013

Na Quermesse das Consciências, Viva o Bingão do Puxadinho da UFSC !!

Nos últimos 20 dias o Vale do Itajaí tem comemorado as festas juninas com um bingo de quermesse inusitado. O bingão da educação superior. 
A reitoria da UFSC está promovendo um leilão, entre os prefeitos, emblemático. Em nome de São Pedro, Santo Antônio e São João, quem irá ganhar a leitoa? 
Enquanto os estudantes estão nas ruas, como no resto do Brasil, e uma causa unificada já levou mais de uma vez, quase dez mil a reivindicar pela #FURB Federal, parte de nossas elites não consegue se colocar acima deste jogo e pensar o futuro do Vale a partir de suas condições contundentes apresentadas no presente. Nelas, o fato de ter uma universidade forte e respeitada pronta para ser federalizada. Preferem sucumbir. Sinal que o bingo está funcionando.
Nossos verdadeiros representantes precisam do movimento FURB Federal ativo, para contrapor o conformismo e a má fé. 
Pessoas acostumadas com o imediatismo da política e do empreendedorismo fácil tem dificuldade de colocar-se acima de um jogo de conveniências de curto prazo, onde uma reitoria parece brincar de Monopólio sem dar bola para a população e sem imaginar o que o Ministério Público poderia pensar sobre esta situação. Seja ela instalada em que cidade for.
Estudantes e trabalhadores de Blumenau lutam bravamente para economizar 0,20 a 0,30 centavos no transporte coletivo. Suas famílias, porém e eles próprios pagam um a dois salários mínimos por mês, para estudar. Que absurdo!
Acreditem, o represamento da federalização da FURB implica em estudantes e trabalhadores condenados a uma ainda maior e contínua exploração, quando estavam prestes a dar um passo enorme na direção inversa. Em um prazo bastante curto, apenas implementando o que o Ministro da Educação definiu em julho de 2012, teríamos 12.000 estudantes em condições de se dedicar a sua formação crítica e profissional. Doze mil famílias contempladas com recursos financeiros importantíssimos para suas vidas, e mais, EDUCAÇÃO. 
Há elites que efetivamente temem cidadãos prontos a ir para a rua informados e em condições de reivindicar algo mais contundente que redução de tarifa de ônibus. Este tipo de cidadão incomoda. Imaginem: se nossos estudantes ocuparam a reitoria da FURB há dois meses (convenientemente ninguém noticiou isso) e estão nas ruas, agora, enfrentando os políticos, vamos tomar cuidado com eles. Seus professores são igualmente perigosos e quanto menos deles melhor. 
O quadro se adensa. Logo os sindicatos sairão as ruas e as bandeiras estarão mais evidenciadas e ordenadas. Esta somatória é um risco para elites retrógradas que desejam todos enquadrados em seus currais, em seus departamentos de RH ou na lógica estamental dos escaninhos burocráticos. 
Por isso é mais conveniente produzir contextos midiáticos que desarmem a "opinião pública", fazendo do puxadinho da UFSC uma dádiva. E claro, sem a FURB. 
"Quando fizer o bem, faça-o aos poucos. Quando for praticar o mal, fazê-lo de uma só vez", já dizia Maquiavel.
O puxadinho é a alternativa rápida, e tentam implementá-lo, goela abaixo, desde agosto de 2011. É bom lembrar que o nosso poderá se instalar no meio de um pasto, como aquele de Joinville. Nada contra, afinal tudo indica que para seus artífices, estudante e trabalhador tem que pastar mesmo. 
Não há argumento coerente que sobreponha a vinda isolada da UFSC às virtudes da interlocução com a FURB. O patrimônio que a FURB disponibiliza está sendo esnobado bem como sua história séria e de compromissos com a sociedade, e também com esta mesma elite interesseira. Do mesmo modo o movimento que conquistou este direito está sendo profundamente desrespeitado. Estas lideranças problemáticas (esses mesmos, com a caneta e o dinheiro, que vocês sabem o nome), sem humildade, sequer reconhecem essa luta como a razão dos poucos avanços que estamos tendo agora. Pouco se empenharam pelo que está vindo e agora sentam-se na janelinha em nome de um pragmatismo nada probo.
Cuidado com aqueles que vão tentar nos empurrar uma versão requentada da dádiva do puxadinho.
Para concluir, é preciso dizer que, no presente é importante continuar a luta em nome de algo muito maior que um jogo circunscrito de conveniências políticas menores. Nossos verdadeiros representantes precisam do movimento FURB Federal ativo, para contrapor o conformismo e a má fé. O diálogo, característica primordial deste movimento, continua. E está a serviço de uma convicção. A de que precisamos criar a terceira universidade federal de Santa Catarina a partir da federalização da FURB, e com ela um corredor regional do conhecimento. Nada de puxadinhos isolados a serviço  do ego de uma ou outra pessoa, circunstancialmente no poder. Foi isso que levou estudantes e suas famílias as ruas e será o que definirá parcela significativa dos votos nas próximas eleições. Cuidado com aqueles que vão tentar nos empurrar uma versão requentada da dádiva do puxadinho.
Enquanto os cães ladram ou tentam nos contentar com os ossos e as sobras convenientes, nestes tempos de bingão, a educação superior no Vale não merece ser uma moeda tão desvalorizada. Vamos acompanhar os desdobramentos desta semana. #FURB Federal. 

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